Por que o Corinthians errou ao não investir em Miriã?
Opinião de Maria Beatriz de Teves
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Como apaixonada pelo futebol feminino e, especialmente, pelo Corinthians, é difícil não lamentar a saída de Miriã. Uma jogadora jovem, com um potencial incrível, que, infelizmente, não recebeu a valorização que merecia dentro do clube.
É claro que Miriã não é nenhuma "nova Marta", mas com apenas 25 anos, a jogadora tinha um vasto horizonte de evolução pela frente, podendo se tornar uma peça fundamental dentro do elenco alvinegro.
Por que digo tudo isso?
Miriã chegou ao Corinthians em 2021 após uma boa temporada no Cruzeiro. Desde então, enfrentou uma concorrência acirrada, mas sempre acreditei que ela poderia crescer com o tempo, seguindo o exemplo de nomes como Gabi Portilho e Jheniffer.
No entanto, uma lesão no tornozelo a deixou afastada por sete longos meses no ano passado, e a partir daí, as coisas começaram a desmoronar.
Enquanto se recuperava, Miriã viu seu espaço no clube diminuir. Não só ela estava ausente dos gramados, mas também parecia estar ausente dos planos do time. O descontentamento da jogadora era evidente, e seu staff, reconhecendo a situação, optou por buscar uma mudança.
Outros clubes, como Cruzeiro e Internacional, perceberam o potencial de Miriã e foram atrás da jogadora, mas o Corinthians falhou em reconhecer e aproveitar isso. Em vez de investir em sua jovem, o clube preferiu apostar em jogadoras mais velhas, como Carol Nogueira e Fernanda.
A estatística fala por si só: Miriã deixa o clube alvinegro com um registro de 15 gols em 57 jogos. Enquanto isso, suas ex-colegas de equipe, Carol Nogueira, com 31 anos, marcou apenas seis gols em 22 jogos até aqui, e Fernanda, de 30 anos, registrou oito gols em 36 jogos.
Agora, tudo indica que Miriã encontrará um novo lar no Cruzeiro, e essa transferência parece ser um encaixe perfeito para ambas as partes. O clube celeste, que é o sétimo colocado no Brasileirão Feminino, certamente saberá valorizar o talento e o potencial da jogadora.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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