António Oliveira ironiza CBF e vê mudança de horário do jogo como desrespeito ao Corinthians
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Por Felipe Sales, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
António Oliveira antes da partida
Danilo Fernandes / Meu Timão
Na noite deste sábado, o Corinthians empatou com o Fortaleza por 0 a 0 pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Inicialmente agendado para às 16h (horário de Brasília), na Neo Química Arena, o confronto teve o seu horário alterado para às 21h (horário de Brasília) após pedido da TV detentora dos direitos de transmissão. António Oliveira contou não foi consultado e fez duras críticas a decisão.
“Percebo a dificuldade que é enfiar jogos a torto e a direito, mudaram o nosso jogo, em momento nenhum me consultaram, mas é um destrato enorme para os jogadores, falta de respeito. Se eu fico cansado, imagino eles. Como é mais fácil sentar-se numa cadeira e marcar jogos, queremos dar entretenimento, mas tem a redução da qualidade do jogo", começou o comandante.
"Não foi hoje, queríamos mais, mas não temos tempo para recuperar, mas devia ter mais respeito, porque ainda vamos reapresentar o país fora dele, mas não querem saber, eles querem colocar jogo e não interessa como e o Corinthians sai prejudicado. Não sei se é uma coisa contra o clube, mas o Corinthians sai prejudicado nesta situação e eu quero ver se alguém vem se responsabilizar por isso se eu perder mais jogadores, porque depois eu que tenho que vir aqui. Isso é um destrato e desrespeito com os profissionais do futebol”, disse o técnico.
Para Oliveira, é necessário que a torcida entenda que o tempo curto de recuperação prejudica e o tempo longo parado não vai se traduzir automaticamente em grande futebol. Contratado durante o Paulista, ele ainda não completou 20 jogos pelo Timão.
“A partir do momento em que chegamos no clube e adotamos determinada metodologia geram novas adaptações e isso requer tempo. Muitas das vezes as pessoas podem pensar que em dez dias vai sair como o Barcelona e o Manchester City. O futebol não é assim e eu não consigo trabalhar só treinando e não tendo a competição, porque é nela que afere uma melhor condição, física ou tática da equipe e ela começa agora a ser cada vez melhor”, completou.
Por fim, António Oliveira revelou que tem escolhido os atletas que vão a campo não apenas por questões técnicas e táticas, mas principalmente pelo aspecto físico.
“Evidente que com o número de jogos, existe uma fadiga e se reparar tem sido os mesmos. Jogamos domingo, quarta, sábado e agora terça. Depois vamos atualizar a minutagem e ver quem teve mais tempo e é sempre os mesmos. Não tem a ver com a condição física e sim com o desgaste que ela vai acumulando pela carga de jogos que ela vai tendo. Pesa e muito”, finalizou.
