Pra suscitar a reflexão, Corintianada:

Podemos tirar aprendizado de dois de nossos rivais, Palmeiras e São Paulo, que passaram por situação parecida, com Marcos e Rogério Ceni.

Eu tenho 41 anos e a primeira memória que tenho de grandes goleiros, é de Veloso no Palmeiras, Zetti no São Paulo e Ronaldo no Corinthians.

O Palmeiras, depois de Veloso teve o Marcos, campeão da Libertadores e Campeão mundial em 2002, pela seleção. Só que em vez de ficar lamuriando a perda do ídolo, seguiram em frente. Tiveram bons goleiros, uns melhores, outros piores, mas vários deles fizeram história recente no clube deles (Prass, Jailson, Weverton, sem contar Cavalieri, Bruno, que tiveram sequência nas próprias carreiras).

O São Paulo, depois de Zetti, teve o Ceni, pra muitos, o maior ídolo do clube deles. Rogério, inegavelmente, quis bater diversos recordes pessoais e nas últimas três temporadas que atuou, foi muito aquém do que já havia sido... Até hoje, não acharam um substituto pra ele, ou seja, há várias viúvas do Ceni por aí, inclusive o próprio São Paulo.

Dito isto, onde quero chegar? Cássio é ídolo sim do Corinthians, inegavelmente, mas precisamos definir qual caminho seguir. Tocar em frente, com todo respeito à história do Cássio, e, para tanto apoiar o Carlos Miguel, ou fazermos como o São Paulo e ficar a mercê da história de um ídolo do clube.

Assim, pra fechar a reflexão: para o Cássio, é bacana ficar no banco do Carlos Miguel? Se sim, ele renovaria pra ganhar 1/3,1/4 do que ganha hoje? (Imagino que todo corintiano deva saber que para o salário do Cássio não é razoável pagar essa "bala" pra ficar no banco, não? ).

Deste modo, o Cássio aceitar uma proposta de um clube rival com contrato longo (melhor pra ele) e a gente apoiar o Carlos Miguel na meta do Corinthians me parece ser o caminho a ser seguido.