Rozallah se exime de responsabilidade sobre acordo de permuta por colchões do Corinthians
9.5 mil visualizações 74 comentários Reportar erro
Por Victor Godoy, Vitor Chicarolli e Gustavo Lima
Rozallah disse que não teve participação no acordo com a Gazin, fechado recentemente por Sergio Moura, profissional de marketing contratado por Augusto Melo
Jozzu/Agência Corinthians
Nas últimas semanas, o Corinthians fechou com o Grupo Gazin para que forneçam 64 conjuntos de colchões e "camas box", avaliados em R$ 104 mil, ao CT Joaquim Grava em troca de um espaço na camisa de treino, uma placa de publicidade no local e um camarote na Neo Química Arena. O acordo não passou pela diretoria financeira, segundo o diretor Rozallah Santoro.
"Na teoria, quando falamos de escambo, de troca direta de mercadorias, você sempre tem um valor percebido da mercadoria, que é diferente do valor da Nota Fiscal. Sem entrar no mérito se a decisão foi certa ou errada, quando não se apresenta proposta financeira, não tem fluxo financeiro, não é normal que isso passe no Financeiro. Quando você fala de precificação, o Financeiro até pode ajudar olhando referências de mercado do que aquilo vale, mas você comparar, por exemplo, o camarote de uma Arena com outro tem muita subjetividade. A resposta é que é normal, vai acontecer. Se foi certo ou errado, não sei se é esse o mérito, mas fato é que isso não passa pelo financeiro", se eximiu o diretor durante entrevista na última segunda.
Em matéria divulgada pela Gazeta Esportiva, foi exposto que o acordo foi viabilizado pelo superintendente de marketing Sério Moura, além de ter participação do presidente Augusto Melo. O Meu Timão, por sua vez, apurou que o camarote cedido é considerado desvalorizado pela diretoria devido a seu posicionamento no estádio.
Outro tópico abordado pelo diretor financeiro foram os espaços vagos na camisa do Corinthians. A diretoria colocou como prazo até o dia 30 de abril, esta terça-feira, fechar todos os patrocínios. Ainda assim, a camisa segue sem anúncios nas omoplatas da vestimenta masculina, além da barra inferior frontal e o meião. Há também a barra traseira, que a TOTVS ostenta sua marca por 30 dias em outro acordo de permuta. Há, também, espaços nos times feminino e de base.
"Não tenha dúvida que impacta. Tanto quanto você não atinge uma respeita esperada ou quando você gasta mais, você tem impacto. Algumas coisas estão mais sob sugestão que outras. Quando falamos de receita, posso querer ter todos os espaços ocupados, não necessariamente vou chegar em acordo para isso", explicou Rozallah.
"Com relação do que está previsto no orçamento, ainda está em tempo de termos essa receita lá da forma que nos posicionamos no mercado em termos de precificação. A gente ainda está no prazo. De novo, o que está mais na nossa gestão, que é o controle de despesas, estamos sendo bastante austero e tentando segurar o máximo que nos comprometemos em orçamento", completou.
